O Arranjo Produtivo Local envolve cerca de 400 famílias na Paraíba – de agricultores, artesãos a trabalhadores que atuam na fábrica têxtil. Entre as comunidades rurais, povos tradicionais como Quilombos e Agricultores reunidos em associações em assentamentos rurais. As Artesãs trabalham, na maioria, em suas casas, dominando técnicas como macramê, crochê e bordados. Como vivem em locais remotos, o artesanato é uma renda fundamental para estas mulheres que precisam estar próximas de seus filhos. Com matriz no semiárido, uma região de clima seco e quente e de baixo índice pluviométrico no Nordeste do Brasil, os produtos são produzidos com foco na sustentabilidade. Por isso, são confeccionados apenas com duas matérias-primas: o algodão colorido orgânico e o algodão reciclado, insumos que não necessitam de água. O algodão reciclado também não passa por tingimentos. Ele é feito a partir de sobras têxteis. Estes resíduos são separados por cor e desfibrados. Como neste processo as fibras ficam curtas, para se tornarem fios novamente é preciso fundir o algodão (80%) com poliéster (20%), obtido a partir de garrafas PET recicladas. A cadeia produtiva, obteve destaque no setor de decoração sustentável no país. Além do reconhecimento internacional do prêmio de Excelência Artesanal com chancela da Unesco e a seleção por curadoria em feiras mundiais de design como a Maison & Object, em Paris e Essentially Diverse no Museo della Permanente, em Milão.